Já sabemos que a realização de uma campanha missionária requer planejamento. E, talvez, no ano passado, você até tenha se organizado e montado uma equipe para a realização das tarefas de mobilização de missões urbanas em sua igreja. Entretanto, se todas as atividades realizadas não levaram em consideração o seu público-alvo, você pode ter colocado em risco o resultado de meses ou semanas de criatividade e suor.
Nenhuma igreja é igual a outra. Sendo assim, você precisará levar em consideração a cultura de sua igreja. Isso permite a adequação das apresentações, dos eventos, abordagens e até do estilo de missionário que sua igreja precisa. Uma mobilização assertiva reduz custos e aumenta a potencial do seu objetivo final.
Conheça seu público
Em termos gerais, “público-alvo” é definido como recorte demográfico, socioeconômico e comportamental de um grupo consumidor. No caso da mobilização missionária, nossas atividades precisam ser pensadas de maneira que haja conexões com a realidade da membresia da igreja. Pergunte-se: quem são os membros da minha igreja? Do que eles gostam de participar? Quem eles gostariam de ouvir? Essa é, justamente, a reflexão que você precisa fazer.
Existem muitos métodos para a análise de público, mas você dará um grande passo se, em seu planejamento de mobilização, atentar aos seguintes fatores:
• O nível de comprometimento dos membros em atividades da igreja ou campanhas de arrecadação de ofertas;
• Grau de conhecimento dos membros sobre Missões Rio;
• O projeto/missionário que melhor representa o “jeito de ser” de sua igreja.
Você já notou que alguns projetos/programações possuem maior representação de membros que outros? Isso indica o que chamarei aqui de “paixão” da igreja. Se uma igreja possui uma ótima participação de membros nos trabalhos de Pequenos Grupos, mas uma representação mediana em celebrações especiais, isso pode ser um indicador poderoso de “paixão” e seu papel será conectar a sua campanha missionária a esse jeito de ser de sua igreja.
Dica: Igrejas que possuem o perfil demonstrado acima, geralmente precisam de uma mobilização mais segmentada, com abordagem informal e a criação de oportunidades para a discussão da proposta que você levará. São pessoas que buscam praticidade e a aplicação dos conceitos discutidos ao seu dia a dia. Tendo feito esta análise, você será capaz de inovar, levando para sua igreja uma experiência ímpar com missões.
Invista em profundidade
Por muitos anos as igrejas têm realizado feiras missionárias, bazares, etc… durante o período promocional. Se você tem obtido sucesso com essas atividades, ótimo! Continue! Mas, para alguns, essas ações se tornaram irrelevantes. Se isso está acontecendo em sua igreja, é hora de mudar.
Uma das grandes dificuldades de pautar a mobilização missionária em eventos é que eles são pontuais e suas propostas são facilmente esquecidas em meio a tantas informações que recebemos no dia a dia. Após uma semana, raramente as pessoas se lembram daquilo que lhes foi dito em um evento. Por que isso acontece? Porque não há o reforço da proposta e, pior, falta conexão da teoria com a prática. Você, como mobilizador, precisa criar um cronograma de reforço dos ideais missionários. Esse cronograma pode até se tornar vitalício, informando e mobilizando grupos para visitas no campo.
Dica: Há igrejas que foram abençoadas por Deus ao utilizarem essa estratégia. De junho a agosto, além de discutirem em seus PGs a prática da missão, foram a campo apoiar projetos cariocas e aprender sobre os métodos de trabalho dos missionários.
Apoie sua liderança
O desafio do mobilizador é entregar propostas que possam acrescentar à prática cristã da igreja local. Para que isso aconteça, você deverá conhecer os objetivos de sua liderança. Seja humilde e converse com o seu pastor sobre a melhor maneira de promover o crescimento de sua igreja e, consequentemente, a obra missionária urbana. Lembre-se: ele também representa seu público-alvo!
Seu pastor não é o único que precisa ser compreendido. O ministro de música, a educadora cristã, etc… também precisam de apoio. Quando apoiamos alguém em suas propostas, a consequência é recebermos apoio. É o que chamamos de reciprocidade. Faça disso sua forma de abordagem e você terá multiplicadas suas chances de aceitação.