O legado de vidas disponíveis para Deus fala por si. Carlos Eduardo Bezerra é um fruto da Missão Prisional – uma das oito formas de atuação de Missões Rio. Membro de uma família estável e cristã, na juventude decidiu viver a experiência de uma vida afastada dos princípios que recebeu. O testemunho a seguir é um reflexo de que a presença da igreja no campo missionário é fundamental para a transformação das realidades cariocas. Nós, como um só corpo, e guiados por Cristo, podemos fazer a diferença.
“Fui criado num berço evangélico e tenho uma família maravilhosa, abençoada. Fui crescendo e Deus me deu um excelente trabalho. Com 23 anos era segurança e motorista de uma grande empresa. Mas, por falta de maturidade, acabei me envolvendo com roubo de cargas. Me envergonho muito… Foi um desastre não só na minha vida, mas na vida da minha família.
O que foi mais marcante, no início da minha prisão, foi que, quando entrei na viatura, aquela máscara caiu na hora. Você pensa: – Nossa! Como eu vim parar aqui? O que aconteceu?
No início da minha prisão foi horrível porque eu estava com quatro costelas fraturadas. Dormia no chão, sem colchão. Eu sentia muita dor e para mim aquilo tudo foi um desespero. Aquilo tudo não fazia parte do que eu tinha aprendido. Foi muito sofrimento. Até aproveito a oportunidade para falar que o crime não compensa. Não tem coisa melhor do que você acordar do lado da sua família. Você levantar com a cabeça erguida, poder ir à padaria, estudar e ter um trabalho digno e honesto.
Fiquei quatro anos e seis meses dentro do sistema prisional. De Japeri fui ao Evaristo de Moraes e lá conheci o trabalho da capelania, do culto prisional. Conheci o pastor Claudio Barreto, que é o responsável, e ele me ajudou muito lá dentro.
Ali é lugar de sofrimento, muito sofrimento, e eu pensava que a nossa maior dor era a dor da carne. Ali aprendi que a maior dor é a dor da alma.
Depois que sai da prisão, fiquei um ano e pouco desempregado. E, graças ao pastor Claudio e à missionária Adenice, do Luz da Liberdade, consegui uma oportunidade de emprego no Tribunal de Justiça. Graças a Deus, me encontro ainda trabalhando e faço faculdade de Direito. Graças a Deus e a esse projeto, fui crescendo cada vez mais no conhecimento e em Deus.
Não compensa! Às vezes fico olhando reportagens e fico triste com isso porque são vidas que estão sendo perdidas. Por isso essa capelania é muito importante. Que esse projeto, eu creio, que continue e que esse pequeno testemunho possa alcançar vidas e jovens, para que não cometam o mesmo que eu. Só queria agradecer a Deus. Obrigado!”
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