Sabe-se que a Missão Hospitalar tem papel importante na melhoria da saúde de pacientes, mas há momentos em que Deus deseja realizar uma obra mais abrangente, alcançando também familiares. A história de Daniele Gomes da Cruz – e a forma como foi amparada pela Capelania Hospitalar – é a expressão da graça de Deus por meio da instrumentalidade da igreja que continua enviando missionários. Ela, que há quase dois anos havia perdido o contato com a filha, foi surpreendida pela má notícia de que a jovem Rayane Gomes, de 26 anos, estaria em coma.

Seria um triste desfecho, não fosse a mão de Deus traçando um plano de vida e de reconstrução para esta família. Em entrevista ao site Missões Rio, Daniele conta como foi reencontrar a filha e como a Capelania Hospitalar foi fundamental para o enfrentamento desse drama. É um testemunho de cura? Sim! Mas é, também, um reforço da obra missionária como a visão norteadora das ações da igreja local. A igreja somos eu e você, alcançado o próximo. Isso nos torna – sob o poder de Cristo – ‘a esperança para o mundo’.

Explique o motivo que levou sua filha a se internar.
O motivo da internação dela foi porque estava grávida de oito meses e o bebê estava morto dentro dela. Então, ela teve infecção generaliza. Ela deu entrada no hospital em março de 2019.

Que tipo de impacto emocional essa internação teve na vida de vocês?
O impacto, para mim, foi porque minha filha já estava sumida há um ano e meio. Eu não tinha mais contato com ela e nem sabia onde ela estava vivendo; e, para Rayane, acredito que foi pelo fato de quase ter perdido a vida, porque ela ficou em coma e quase morreu. Graças a Deus, o Senhor deu mais uma oportunidade para ela.

Explique como você conheceu a capelã Devani Alves?
Conheci a capelã Devani assim que reencontrei a minha filha. Com o coma da minha filha, conseguiram me encontrar acionando a Clínica da Família perto da minha casa. Então, quando fui visitar minha filha, conheci a Devani, que estava sempre indo ver a Rayane e orando por ela quando estava em coma.

Você acredita que a abordagem da capelania foi importante naquele momento. Por que?
A capelania é importante! Às vezes as pessoas estão sozinhas e sem familiar, sem ninguém. Então, eles cuidam espiritualmente das pessoas, orando e dando uma palavra de ânimo. E isso é muito importante na recuperação do paciente também.

Sou cristã protestante. Minha filha saiu da presença do Senhor ainda adolescente e eu sempre estive orando por ela, para o Senhor guardar a vida dela. E acredito que o Senhor Jesus usou a Devani para ser um canal na vida da minha filha.

Você recomendaria essa abordagem [da capelania] para outras pessoas que estivessem passando pela mesma situação? Por que?
Claro que sim, pois, às vezes, as pessoas precisam de uma ajuda espiritual para amenizar o sofrimento. Quando estamos passando por momentos difíceis, não temos nem forças e nem palavras para falar com Deus.

O trabalho da capelã Devani é sustentado por várias pessoas que contribuem financeiramente para a nossa organização. O que você diria a essas pessoas, já que elas indiretamente fazem parte deste trabalho?
Que não deixem de ajudar porque eu mesmo precisei e foi de muita valia para mim e minha filha. Às vezes, há muitas pessoas que têm recursos e, doando para este trabalho, a capelania pode intervir nesse momento difícil.

Doar – assim como orar, ir e mobilizar – é parte importante para a obra missionária. Os recursos sustentam missionários e possibilitam o alcance de mais vidas. Se você se identifica com essa etapa da missão, Clique aqui e Doe para a Missão Hospitalar.