Em um dos hospitais onde atuamos, a Sala Verde feminina estava repleta de pacientes idosas e debilitadas. Notei que uma delas me acompanhava com o olhar a cada leito que assistia. Era uma senhora triste e de semblante angustiado. Ao me aproximar dela, logo segurou minha mão e ficou em silêncio.

Um diálogo foi iniciado e notei que falava com dificuldade, pois havia tido um AVC. Ela comentou que havia sido vítima de trabalho de feitiçaria e que sua vida era só derrota. “Nada dava certo”.

Ouvi com cuidado sua narrativa e perguntei sobre sua confissão religiosa e em quem depositava sua fé. Não a critiquei, nem desmereci a sua crença. Porém, disse que Jesus veio para desfazer as obras do diabo, como está escrito na carta do apóstolo João, e somente a Ele fora dado todo poder.

Falei da necessidade de entregar a vida a Jesus Cristo e confessá-lo como seu Senhor e Salvador pessoal para ter a garantia de uma vida eterna, a despeito do que a religião ou qualquer líder ou símbolo religioso poderiam lhe assegurar.

Ouvindo tudo com atenção, me perguntou como faria isso. Sentiu que precisava conhecer esse Jesus e queria a salvação da sua alma. Após compreender a mensagem, ela fez uma oração de confissão e de entrega de vida, convidando a Jesus para entrar em seu coração.

Com lágrimas nos olhos, a paciente segurou novamente a minha mão e repetia sem parar: “Eu creio! Eu creio e estou sentindo Deus dentro de mim, na minha alma”. Seus olhos brilhavam e notei que havia paz no seu rosto.
Emanuel é Deus conosco. Verdadeiramente Ele estava ali. Louvado seja o Santo nome do Senhor, por mais uma alma que é salva da perdição. Amém

Ézia Louzada
Capelã Hospitalar de Missões Rio

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