Em sua inesquecível oração sacerdotal (João 17), Jesus afirmou que a unidade dos seus seguidores, por conseguinte, de Sua Igreja, seria a forma por excelência da autenticação do seu caráter messiânico. Unidade deixou de ser, então, uma desejável e agradável vivência social para se tornar condição para a missão. Sim, para Jesus, mais do que a retórica do pregador ou mesmo a qualidade da homilia, e tão (ou mais forte) que o testemunho mais tocante, a condição maior para que pessoas creiam em Jesus Cristo é a unidade da Igreja.
Não se trata então somente de cooperação, ainda que esta seja importante; nem tampouco de sinergia, a qual nos permite ir mais longe e alcançar maiores e melhores resultados uma vez estando juntos. Trata-se de nossa missão maior. Como bem salientou Howard Snyder, a melhor forma de evangelismo não está nos folhetos, cruzadas e pregações, mas na Unidade da Igreja.
A Unidade traz qualidade de vida para quem participa dela. Ajudamos, acrescentando sentido à nossa existência, e somos por vezes ajudados. Somos desafiados a crescer ao suportar e compreender o outro; a caminhar apesar da divergência. Somos instados a transcender quando instrumentos da misericórdia e consolo de Deus para quem precisa.
A Unidade permite que alcancemos propósitos comuns. Jesus mesmo alertou que reinos divididos não subsistiriam… Embora haja muitas possíveis alegações para movimentos separatistas (aliás esta é uma marca do protestantismo decorrente da acertada defesa de livre-interpretação do texto bíblico), há um único motivo suficientemente forte para nos manter unidos: a presença de Jesus entre nós. Afinal, não teria sido o Mestre a razão maior que viabilizou a caminhada conjunta de um corpo discipular tão diverso como era o composto pelos 12?
Celebremos a Unidade! Acertemos as nossas diferenças! Olhemos para um propósito comum que é de engrandecer o nome de Jesus e de alcançar vidas para Sua Glória! Que mantenhamos os olhos fitos, fixados em Jesus, como o autor de Hebreus nos recomendou. Que cada um de nós seja encontrado como cooperador do Reino de Deus, tanto na Igreja Batista na qual membramos, como no âmbito denominacional, na Convenção Batista Carioca.
Pr. Sérgio R G Dusilek
Presidente da Convenção Batista Carioca